WEBER - Ação Social

01/09/2021

WEBER - Ação Social

  Para o alemão Max Weber, uma "ação social" seria quando agimos motivados por outras pessoas ou instituições. Ou seja, quando o sentido de nossas ações está de alguma forma, relacionado com outras pessoas. 
  Por exemplo, quando começa a chover na rua, e as pessoas abrem seus guardas chuvas, não é uma ação social, pois a motivação para a ação de abrir os guardas chuvas é a chuva, e não as pessoas. Já quando alguém avança o sinal vermelho no trânsito, e logo em seguida outras pessoas também avançam, é considerado uma ação social, pois foi uma ação motivada por outras pessoas.
  Segundo o autor, existem quatro tipos de ação social. Dois tipos ele considera "racional", já que seguem uma determinada lógica. Existe ainda um tipo de ação emotiva, guiada pelos sentimentos, e uma outra tradicional, motivada pelo hábito:

" 1 - RACIONAL COM RELAÇÃO A FINS - O sujeito age racionalmente, utilizando os meios mais adequados para alcançar o fim desejado. É uma forma de ação pragmática ou objetiva. Exemplo: Uma garota sai para comprar um vestido, e decide pelo mais barato possível, dentro de seus propósitos e possibilidades.

2- RACIONAL COM RELAÇÃO A VALORES - O sujeito age racionalmente, porém, motivado por algum valor. Este valor pode ser moral, religioso ou estético. Exemplo: Uma garota sai para comprar um vestido, e decide pelo que mais lhe agrada esteticamente, ou seja, o mais bonito.


3- AFETIVA - O sujeito age emocionalmente para alcançar o fim desejado. Exemplo: Uma garota sai para comprar um vestido, e compra por impulso o primeiro que lhe chama a atenção.

4- TRADICIONAL - O sujeito age motivado por costumes e tradições. É uma ação relacionada ao hábito. Exemplo: Uma garota sai para comprar um vestido, e decide por um modelo já utilizado por ela, ou uma loja onde já frequentava antes." 

(PAIXÂO, Sociologia Geral, pag. 122, 2012)


IMAGEM: Trabalhar, estudar, votar, toda a ação social está de alguma forma inserida nos tipos descritos por Weber. Em vários momentos de nossas vidas somos condicionados a agir influenciados por outras pessoas e instituições, e nem sequer nos damos conta disso.  

  No livro "Admirável Mundo Novo"(1932), do inglês Aldous Huxley, vivemos em um mundo governado por um estado absolutamente científico. Os humanos são criados em laboratórios, e já possuem seus comportamentos pré-definidos de acordo com a função que desempenharão na sociedade. Ainda assim, havia uma reserva florestal onde viviam grupos considerados "selvagens" que mantinham costumes antigos, como casar e ter filhos. 

  Em sua obra, Huxley nos convida a fazer uma reflexão sobre o racionalismo positivista dos séculos IXX e XX, que algumas vezes colocava o progresso industrial e tecnológico à frente do bem estar social e humano. Assim como Weber, o autor faz uma crítica à supervalorização da ciência.

    

  

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