RORTY - Pragmatismo e Verdade
RORTY - Pragmatismo e Verdade
Para o americano Richard Rorty (1931-2007), a ideia de que existe uma verdade sólida e objetiva é um mito. O próprio conceito de verdade seria uma mera representação, uma entidade linguística estabelecida culturalmente através do convívio social.
Contudo, o filósofo descarta o relativismo. Rorty se considera um pragmatista, um partidário da solidariedade, um sujeito que observa eticamente a utilidade das coisas. Para o pragmatista, não importa se algo é verdadeiro ou não, o relevante, é questionarmos se esse algo possui utilidade. E se esse algo for útil, é útil para quem? No trecho abaixo, o autor fala um pouco mais sobre pragmatismo e verdade:
" O mundo não fala. Só nós e outros seres humanos falamos. Assim, a verdade é uma popriedade das frases, já que a existência das frases depende de vocabulários e vocabulários são feitos por seres humanos.
O pragmático não defende uma teoria da verdade, muito menos uma teoria relativista. Para o pragmático, conhecimento equivale à verdade. É simplesmente um elogio feito às crenças que pensamos estar bem justificadas. Uma avaliação histórico-social de como pessoas variadas tentaram alcançar concordância sobre aquilo em que acreditam. " (RORTY, "Rorty e Educação", pg. 23, 24.)